Diz um conhecido provérbio popular que “o brasileiro morre de fome sentado em cima da comida”. Poderíamos acrescentar: “ficamos doentes pisando em cima do remédio”.
  Do mesmo modo que o progresso durante longas décadas ignorou a natureza, com grave prejuízo para o planeta, o esquecimento da nutrição como fator de saúde provocou uma tragédia metabólica: doenças degenerativas e crônicas dizimam impiedosamente os seres humanos. Manter uma alimentação saudável ao longo da vida evita não só a má nutrição em todas as suas formas, mas também uma gama de DCNT entre elas diabetes, doenças cardiovasculares, AVC e câncer.
  A alimentação não saudável e a falta de atividade física são os principais riscos globais para a saúde. No entanto, o aumento da produção de alimentos processados, a rápida urbanização e a mudança de estilos de vida deram lugar a uma alteração nos padrões alimentares. As pessoas agora consomem mais alimentos ricos em calorias, gorduras, açúcares livres e sal/sódio – e muitas não comem frutas, vegetais e outras fibras alimentares o suficiente (OMS, 2019).
  Hipócrates, considerado o pai da medicina, já enfatizava a importância dos alimentos como agentes de cura. A medicina natural sempre enalteceu a nutrição como rainha dos tratamentos. Logo, a cura e prevenção de nossas enfermidades pode estar mais perto do que imaginamos. Pode ser mais econômica que a costumeira corrida à farmácia. Menos dolorosa que os métodos convencionais da medicina. Saúde é principalmente questão de hábito. Cultivar hábitos sadios e abandonar hábitos nocivos resulta em boa saúde.
  São hábitos tão óbvios quanto negligenciados. Hábitos simples. Simples a prevenção, simples a cura.

Autora: Lilian de Melo Lucena