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EMPATIA MÉDICA

A empatia é uma habilidade imprescindível para o profissional médico. Dessa forma, é fato que ela deve ser aprendida

desde o início da formação acadêmica. Dessa maneira, é importante saber que se atribui a empatia a capacidade de compreender de forma acurada, bem como de compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando esse entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada (Ikeda et al., 2019). Partindo dessa concepção paradigmática sistêmica, precisamos trazê-la para discussão, assim como disse Nascimento et al (2018): "no campo médico, o conceito da empatia consiste em identificar e compreender os sentimentos do doente, promovendo aumento da confiança, da lealdade e do respeito entre médico e paciente". E isso precisa ser levado em conta, com o objetivo final de exercer uma medicina mais humana, indo em convergência com o novo movimento dentro da medicina, o qual traz o paciente para o centro do cuidado.

Já Provenzano et al, (2014) traz a concepção de empatia como conceito multidimensional. Segundo o autor, a empatia

engloba aspectos tanto do campo emocional, quanto do campo cognitivo. Assim, quatro dimensões básicas são apresentadas: emocional, moral, cognitiva e comportamental. Essas dimensões são evidenciadas no processo de desenvolvimento da empatia; o médico mensura o sentimento do paciente com relação à doença, é motivado a compreender o processo de doença que é enfrentado, entende e compreende as reações do paciente e por fim, transmite ao paciente a técnica de compreensão, que se traduz na capacidade de demonstrar ao outro o entendimento de suas emoções, através de atitudes comportamentais. Analisando esse processo, podemos visualizar a fundamentação da necessidade de trazer a empatia médica para o processo de aprendizagem médica. 

Levando em consideração que o fundamento da prática médica, com certeza, tem como parte integrante de sua

matéria prima o vínculo estabelecido entre médico e paciente, a EM, bem como a habilidade de comunicação e a sensibilidade na percepção dos sentimentos do paciente, contribuem para o êxito da resposta terapêutica mais efetiva. (Schweller et al., 2014).

Além disso, sabe-se que é muito essencial no exercício médico que se estabeleça um bom vínculo entre médico e

paciente, dessa maneira, sendo a EM o recurso mais efetivo nessa construção fica por consequência claramente expressa sua importância. Os alunos que ao longo do curso desenvolve essa habilidade tem suas atividades profissionais, seja na entrevista, no exame físico ou na conduta, facilitadas, pois leva em consideração todos os aspectos que são necessários para exercer a profissão com êxito (NASCIMENTO Et. al, 2018).

“A avaliação da empatia em estudantes de Medicina é parte fundamental na formação. Um dos objetivos em um currículo para a educação médica deve incluir a melhoria da empatia. Ressalta-se, portanto, que a empatia é essencial nas características profissionais dos futuros médicos, pois é um fator importante na relação estabelecida com os pacientes e tem efeitos benéficos sobre a prática médica. A transmissibilidade é fortemente influenciada por características de personalidade e biografia do estudante que reforçam positivamente o treinamento de habilidades voltadas à consolidação de práticas e à vivência de uma relação médico-paciente salutar, podendo ter como alicerce a empatia” (NASCIMENTO Et. al, 2018, Pg. 152)

Autor: Igor Marques Santos

REFERÊCIAS:

  1. NASCIMENTO, Hugo César et al. Análise dos Níveis de Empatia de Estudantes de Medicina. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA, Gôiania, GO, v. 42, n. 1, p. 150-158, 8 jan. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v42n1/0100- 5502-rbem-42-01-0152.pdf. Acesso em: 31 maio 2019.

  2. PROVENZANO, Bruna et al. A empatia médica e a graduação em medicina. Revista HUPE, [S. l.], v. 13, n. 4, p. 19-25, 1 out. 2014.

  3. IKEDA, Leonardo et al. Empatia no cotidiano do curso de graduação de medicina a partir de uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, [S. l.], p. 2068- 2079, 28 jan. 2019

  4. OREZAM, Raquel et al. A importância da empatia no cuidado em saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, [S. l.], p. 699-698, 19 set. 2016.

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