Integralidade, buscando a essência da palavra, é o conjunto de tudo aquilo utilizado para formar ou completar um todo, ou seja, a completude.

  Tudo no universo vibra, pois tudo é energia, a diferença é que cada coisa, corpo, sentimento, pensamento vibra em determinada frequência.  Vivemos em um campo eletromagnético, sendo assim é necessário compreender que o nosso pensamento, sentimento vibra em onda eletromagnética, por isso eles interferem no campo um dos outros e do próprio emissor, principalmente.

  Tudo vive integrado como uma grande massa que é composta de mil facetas, a depender do lado, da dimensão que se olhe, pode se ter uma visão fragmentada. Só se permitindo ampliar a sua visão, a integralidade é percebida ou sentida. São inúmeras as partículas vibrando num infinito, em frequências diferentes nesse campo quântico, porém temos uma impressão digital eletromagnética única, que ao mesmo tempo em que somos um, somos únicos, ninguém é igual a ninguém, apesar de sermos todos iguais em essência. 

  Várias realidades existem, e cada observador neste campo quântico vibra e atrai para si o que sente, consequentemente o que pensa e faz. Vivemos segundo a vibração da música que tocamos ou o modo como levamos a vida a depender da sintonia da nossa frequência. 

 Somos como ondas, partículas, buscando sintonizar umas com outras, identificando-se com essa ou aquela amplitude, comprimento, frequência; cada ser é quem decide fazer uma realidade diferente. Algumas ondas/partículas se confundem e se fortalecem, outras se unificam, algumas se chocam e algo novo surge fruto desse encontro. Cada ser, se comporta como onda ou partícula, depende do ponto de vista do observador, seja como todos os seres vivos fazem parte dessa grande integralidade de movimento chamada Vida.

  O fato do ser humano não se sentir trino (dimensão física, psíquica e espiritual), integral nas suas dimensões, dificulta a busca em atingir a sensação de completude, sem a compreensão do que é necessário para si e para o outro ser, descobrir do que realmente precisa para atender a sua sensação de vazio. Sente que algo falta preencher, o que transforma em desejos, traça metas, que muitas vezes se impõe para sentir-se satisfeito. A negação de compreender essa trindade impõe ao ser humano buscas infindáveis, às vezes em um único setor da vida, e mesmo sendo “bem-sucedido”“ no atingir suas metas, o vazio continuará até sua despedida. Ainda que conclua ou consiga o que almeja, outro desejo virá fazer a substituição: um título profissional, uma casa, uma companhia, uma viagem, um objeto ou um cargo, seja o que for que se almeja atingir, a busca não termina nunca, até que ele reconheça e se encontre com sua Essência.  

  É preciso compreender a integralidade do indivíduo, para traçar metas que atinjam as três dimensões do ser humano, em busca da real missão de vida, que geralmente planeja com o olhar desfocado, com a visão estreitada, setorizada, e que sempre o levará a sentir-se incompleto. A sensação de completude não tem idade para acontecer, nem tampouco relação com realizações atingidas nos objetivos na vida, ela transpõe uma percepção e concepção de ter, que na maioria das vezes não temos capacidade de compreender no estágio atual de evolução que a humanidade ainda se encontra.

  O profissional da saúde que se propõe a ser cuidador, precisa estar atento não só a si, mas ao outro, ampliar sua visão, exige que ao cuidar do paciente perceba o que falta na sua integralidade que vai além de proporcionar atendimento com tratamentos e procedimentos disponíveis. É como disse Jung; “ Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.  Essa é a principal e única meta na busca da integralidade, como o princípio e fim de todas as coisas.