Discussão: Choque
- integralizablog
- 27 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2024
O relato começa com uma situação aparentemente comum do cotidiano em uma UBS, mas logo se transforma em um caso complexo de uma paciente poliqueixosa. É natural que, como estudantes no início dos atendimentos, nos concentremos excessivamente nos papéis e anotações nos prontuários. No entanto, nosso papel vai além disso: precisamos escutar ativamente o paciente para compreender todo o seu contexto.
Nesse sentido, percebe-se uma identificação e empatia por parte da autora, pois ela também sofria de fibromialgia, condição que suspeitou estar presente na paciente. O interessante é que, por já ter vivenciado situações em que os médicos não utilizaram essa ferramenta essencial do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP), a autora optou por agir de forma oposta. Ela colocou a paciente no centro do atendimento, buscando compreender sua história de maneira ampla e detalhada. Assim, conseguiu identificar uma condição potencialmente mais grave e urgente: uma possível pielonefrite.
Esse comportamento é essencial, pois precisamos romper com o modelo de médico como detentor exclusivo do saber, enquanto o paciente é apenas um receptor passivo. O MCCP nos lembra que o paciente é o protagonista de sua própria vida e deve ser incluído ativamente no processo de cuidado.
Além disso, o relato também aborda um desafio comum para estudantes de medicina: lidar com a frustração de não conseguir acompanhar o desfecho de um caso. Saber se o paciente melhorou ou piorou pode ser angustiante. Contudo, é fundamental aprender a gerir essa ansiedade e aceitar que não temos controle sobre a vida do outro. Nosso papel é ser um guia ou orientador, mas a decisão de mudança sempre estará nas mãos do paciente.
Atenciosamente,
Equipe Editorial Integraliza.
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