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Discussão: Esperança em fazer diferença

  • integralizablog
  • 2 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Nas últimas décadas, a violência contra a mulher vem sendo considerada mundialmente como um problema de saúde pública. Muitas mulheres procuram os serviços de saúde com dores crônicas, sinais de depressão ou traumas físicos e emocionais, mas omitem as agressões dos companheiros. Junta-se a isso o despreparo dos médicos ao considerar apenas a queixa trazida como o objeto a ser tratado, sem explorar o paciente na sua doença.


Desse modo, uma paciente com dores no ombro por bursite ou uma paciente com dor no ombro por espancamento podem receber o mesmo diagnóstico e tratamento ao ser exercida apenas a visão tecnicista e biomédica do profissional que executou o atendimento.

Esta falha na relação médico-paciente, reflete também as dificuldades dos próprios médicos sobre este tema. Seja por não saber para onde encaminhar a paciente, por ter medo de prejudicar a segurança pessoal, por não querer se envolver em burocracias judiciais ou desconsiderar a violência de gênero um problema de saúde (SOUZA E CINTRA, 2018).

Mais uma vez faz-se necessário a presença de discussões e treinamentos acerca de políticas públicas, determinantes sociais de saúde e métodos clínicos centrados no paciente durante a graduação de medicina.


É preciso parar de acreditar que os alunos já trazem de casa as habilidades de comunicação, empatia, atitudes de reflexão e iniciativa de mudança social. Todos esses pontos podem ser trabalhados durante a formação.

Precisa-se de ciência e técnica na medicina. Porém discentes e médicos são seres humanos também. Não devem perder sua essência humana pelo caminho. A relação médico-paciente precisa ser humana e não indiferente ou individual.

Equipe Editorial do Blog Integraliza.



Referências Bibliográficas:


SOUZA, A. A. C. de; Cintra, R. B. Conflitos éticos e limitações do atendimento médico à mulher vítima de violência de gênero. Revista Bioética, v. 26, n. 1, p. 77-86, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-80422018261228>. ISSN 1983-8034. https://doi.org/10.1590/1983-80422018261228.


SCHWELLER, M. O Ensino da Empatia no Curso de Graduação em Medicina. [Tese de Doutorado]. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Campinas, SP; 2014.


 
 
 

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