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Discussão: Individualizar o indivíduo

  • integralizablog
  • 1 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

O texto traz elementos muito pertinentes à atuação de qualquer profissional, sobretudo da área da saúde, quer em exercício, quer em formação. No primeiro parágrafo, é trazido a nós a aplicação do conceito de integralidade. Cada significado (utilizando-se aqui da metalinguagem do próprio texto) é único, como a própria autora mesma salientou, quando frisa de maneira mais enfática os ideais mais subjetivos relacionados ao indivíduo como um todo. E isso, além de ser extremamente importante, é um dos princípios fundamentais do SUS, haja vista sua importância para todos os profissionais em saúde. A integralidade se refere ao atendimento do cidadão como um todo e em linhas gerais versa basicamente sobre o que autora trouxe no texto, quando fala do “ser humano inserido em um de diversos contextos socioeconômicos, étnicos e religiosos”. Todas as ações de promoção, proteção ou reabilitação da saúde não podem ser fragmentadas. O SUS deve prestar assistência integral, considerando também outras políticas públicas. Tal conceito já foi detalhado com maior riqueza de detalhes e consta no glossário desse blog. Vale a pena dar uma conferida!

No entanto, a autora transcende a tudo isso, trazendo um “up” a esse conceito quando o alia a um novo elemento: o do amor. Já dizia, ainda no século XIX, o médico alemão, historiador da medicina e professor universitário Karl Friedrich Heinrich Marx, que “É o amor pela medicina que diferencia os médicos dos que são só formados”. Afinal, com o advento das novas tecnologias, sobretudo com a efervescência das Inteligências Artificiais, é por esse “up” que seremos diferenciados.

Outro aspecto transcendentemente importante destacado pela autora é a “contratualização” do plano terapêutico. Existe uma abordagem, muito utilizada em medicina, que é o método SOAP, um acrônimo para S de Subjetivo, O de Objetivo, A de Avaliação e P de Plano. Esse último, por sua vez, versa sobre o plano terapêutico elaborado pelo médico, que inclui medicações prescritas, solicitações de exames, orientações, encaminhamentos e pendências para o próximo atendimento. Contudo, como bem trouxe a autora, cada paciente que se apresenta aos atendimentos é um ser único e é por isso mesmo que o profissional vai precisar de um plano individualizado que leve em consideração aquilo que a autora trouxe no primeiro parágrafo: os seus “diversos contextos socioeconômicos, étnicos e religiosos”. E é por isso mesmo que se deve existir uma “contratualização” do medico com o paciente, que este o último, levando em consideração todos os contextos supracitados, expressa seu compromisso em seguir o plano. Afinal, o plano não é para o médico, mas o próprio paciente.

Evidências mostram que o sucesso de um plano terapêutico centrado na pessoa é muito mais eficaz do que o dos métodos tradicionais. Por exemplo, uma revisão de literatura sobre segurança do paciente no cuidado hospitalar, considerando a perspectiva do paciente, identificou fatores contribuintes e sugestões para melhorar a prestação de cuidados de saúde. Os pacientes foram capazes de identificar incidentes, eventos adversos e problemas relacionados à comunicação, higienização das mãos e identificação do paciente. Essas informações, combinadas com as dos profissionais de saúde, podem contribuir para um cuidado mais seguro. Além disso, outros estudos também exploram a eficácia de intervenções terapêuticas específicas em diferentes contextos. Dessa maneira, o não estabelecimento de um plano terapêutico eficaz permite recidivas dos problemas que apenas geram mais e mais insatisfação e perda da autorrealização dos daqueles que são “médicos de verdade” e não apenas “formados”.

É levando tudo isso em consideração que destacamos nossa alegria em compartilhar esse texto, afinal é o nosso nome que está em jogo! Integraliza! Agradecemos seu tempo aqui conoscno e até a próxima


Atenciosamente,

Equipe editorial Integraliza.

 
 
 

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